São muitas as mulheres que me habitam.
Mulheres sensíveis, sonhadoras, guerreiras, frágeis, desbravadoras...
Mulheres que convivem no vai-e-vem cotidiano dos meus dias de
desassossego.
Mulheres companheiras que me ajudam a enfrentar
os medos, as inseguranças, os devaneios nos dias em que decido me investigar,
lembrar-me dos sonhos da adolescência, questionar minhas escolhas(pontos
escuros que vez por outra assombram minh’alma).
Através da imagem dessas mulheres consigo
traduzir em palavras a essência da minha verdade, mantendo dentro de mim a
chama da loucura, errante colar de metáforas.
Nos dias em que o
frio e a escuridão me deixam sonolenta e minha casa respira milhões de barulhos
com a chuva batendo raivosamente na janela, lá estão elas me cercando, me
acarinhando para que o medo não me aprisione em sua caixa de metal.
Ana Lopes
ByLopes
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